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Victor Fantini



Quem foi?

Filho de Armando Fantini e Maria Theodora de Siqueira, Victor Fantini nasceu em Sabará (MG) a 30 de julho de 1916. De profissão comerciante, foi Vereador, de 1947 a 1951, eleito pelo Partido Social Democrático (PSD), e de 1963 a 1967, eleito pelo Partido Republicano (PR), Secretário da Mesa Diretora do Poder Legislativo (1948 e 1950), Presidente da Liga Municipal de Desportos (1951 e 1952), Co-fundador e o Primeiro Presidente do Diretório do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Co-fundador do Rotary Club e Prefeito, eleito pelo Movimento Democrático Brasileiro, com administração de 01/02/1971 a 31/03/1973, em Sabará.


O que fez?

Pessoa grandemente relacionada em todas as camadas sociais, homem de espírito combativo e progressista, lutou sempre em prol da comunidade sabarense, voltando sua vida para os problemas mais altos de Sabará. Defendeu o patrimônio histórico e artístico sabarense, denunciando por diversos meios os saques às igrejas e as tentativas de retirada dos belos e valiosos móveis da Escola Estadual Paula Rocha, lutou pela fundação do Colégio Estadual Professor Zoroastro Viana Passos, foi autor da lei que disciplinou o aproveitamento e a proteção dos mananciais de água existentes no município de Sabará, participou na criação da Guarda Mirim e foi autor da Lei nº 745, de 04/05/1964, que fez criar em Sabará o Departamento de Turismo, instalado em 5 de janeiro de 1968.

Uma lei municipal de autoria de Victor Fantini, unanimemente aprovada pela alta sabedoria da Câmara Municipal, além de proporcionar mais de CR$ 30.000,00 de renda ao Instituto Sabarense de Educação anualmente, veio aliviar as numerosas famílias necessitadas no pesado encargo de educação de seus filhos e serviu ainda de estímulo e recompensa aos bons estudantes dos cursos primários do município.

Até decidir brigar por uma vaga na prefeitura, Victor Fantini foi colaborador do quinzenário A Gazeta Sabarense. Sua coluna, intitulada "Coisas da Cidade", abordava temas como a necessidade da construção de hotéis e a recuperação de praças como elementos importantes para a elevação do município como pólo turístico.

Quando se candidatou a prefeito, Victor Fantini expôs ao povo as metas que pretendia alcançar, não como um gesto de demagogia, mas como um ato de responsabilidade de quem tinha muito a fazer na prefeitura. Seu slogan de campanha foi "água com fatura sem aumento de taxa." Essa frase refletia a grande preocupação de Victor Fantini em melhorar, sem onerar, um dos grandes problemas da época: o abastecimento de água.

Em 15 de novembro de 1970, seu nome foi sufragado por uma maioria de votos espetacular, evidenciando assim a confiança do povo para com sua pessoa. Foi eleito com 2.428 votos contra 1.238 de seu principal adversário nas eleições, José da Costa Sepúlveda, candidato da Aliança Renovadora Nacional (ARENA). À época, o município de Sabará contava com um total de 9.647 eleitores e 45.260 habitantes.


O Prefeito Victor Fantini

Como prefeito e conhecedor dos problemas do povo e da administração, Victor Fantini cumpriu um extenso programa de trabalho e de realizações objetivas, não se eximindo das grandes responsabilidades que lhe foram atribuídas, na aliança entre os interesses do povo e da administração.


Principais Realizações da Administração de Victor Fantini

Em 11 de julho de 1971, inaugurou no bairro Pompéu a Escola Municipal Rosalina Alves Nogueira.

Em 3 de outubro de 1971, transferiu para novas instalações, ao lado da então Maternidade Louis Ensch, na Rua Abreu Guimarães, o Departamento Municipal de Assistência Médica (DEMAM), que funcionava anteriormente no prédio da Prefeitura. Com a anexação do DEMAM às principais unidades médicas do município, melhorou o atendimento à população, oferecendo-lhe instalações adequadas, além de vantagens inerentes à centralização da citada unidade.

Em 1971, findou a construção de um pavilhão estilo colonial, com área de 228,66 m2, situado na esquina das ruas Mestra Ritinha e Alameda da Barra, destinado a Exposição Permanente de Produtos, Obras de Arte e Artesanato do Município. Posteriormente, funcionou, nesse imóvel, o Centro da Criança e do Adolescente.

Em 12 de novembro de 1972, concluiu e inaugurou o Estádio Municipal Pedro Lúcio Pereira, iniciado em administração anterior.

Promoveu a instalação e o funcionamento do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) em Sabará; construiu a ponte de concreto armado sobre o Córrego do Galego, situada na Rua Mário Machado; promoveu a terraplanagem, o alargamento e o encascalhamento de parte da estrada que liga Sabará a Morro Vermelho; auxiliou na construção da ponte de Roça Grande; colaborou com o Santuário de Roça Grande, porquanto abriu e iluminou a avenida que liga a ponte sobre o Rio das Velhas ao Santuário de Roça Grande.

Contribuiu para a implantação da Avenida Perimetral, hoje, Avenida Prefeito Vítor Fantini, com procedimento que incidiu em desapropriações de terrenos, mudança do curso do Rio Sabará entre as ruas Dom Pedro II e Laranjeiras, aterro da margem direita do rio nesse trecho, compactações e pavimentações; modificou a Praça Getúlio Vargas; amenizou o grande problema da falta de água no município, quase transformado em calamidade pública.

Doou ao Estado 25.206,21 m2 de terreno em área central do município, o que implicou em várias desapropriações para a construção do Colégio Polivalente, hoje, Escola Estadual Dona Bilu Figueiredo, inaugurado em 23 de setembro de 1974; incluiu Sabará na Grande Área Metropolitana de Belo Horizonte, conforme convênio firmado entre o Executivo Sabarense e a Secretaria do Planejamento; desmontou parte do Morro São Francisco para a instalação de um bairro no município.

Promoveu o assentamento de meio-fio e o calçamento poliédrico na Rua Santa Cruz, principal logradouro do Morro da Cruz, e o calçamento da Praia do Estadinho Nossa Senhora do Ó, em toda a extensão residencial da margem direita do Rio Sabará, incluída a Rua do Abrigo (antiga aspiração dos moradores da Vila Santa Cruz). Esse calçamento se estendeu ainda pelas ruas da Vila Domingos Francisco, ligadas à Praça da Igreja Grande pela Rua Nossa Senhora da Conceição.

Deve-se também à administração de Victor Fantini a construção da Adutora do Gainha, inaugurada em 20 de janeiro de 1973, obra notável que Victor Fantini deixou marcada no coração do povo sabarense e de tal vulto que a região central do município de Sabará estaria abastecida por vários anos com os 4 milhões de litros diários de água oferecidos.


Em 1973, Victor Fantini participou no processo de idealização e legalização da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Sabará. Em 25 de abril de 1974, foi eleito membro do Conselho Fiscal da APAE.

Em 1974 e 1975, Victor Fantini foi presidente da Associação Cristã de Moços (ACM) em Sabará, posteriormente extinta.

Victor Fantini teve, pela Resolução nº 027/80, de 15/05/1980, seu nome homenageado pelo Legislativo Sabarense, na placa inaugural da Câmara Municipal de Sabará, em data de 21/01/1981.

Teve também, pela Lei Municipal nº 173/83, de 18/10/1983, seu nome homenageado com a mudança da denominação Avenida Perimetral para "Avenida Prefeito Vítor Fantini". Justa homenagem a quem muito contribuiu para a concretização de tão importante obra para o município de Sabará.


Victor Fantini era fervoroso torcedor do Esporte Clube Siderúrgica, time de futebol de Sabará, fundado a 31 de maio de 1930. O Esporte Clube Siderúrgica era mantido pela Companhia Siderúrgica Belgo Mineira e foi campeão mineiro da primeira divisão profissional em 1937 e em 1964.

Nas horas vagas, Victor Fantini costumava pescar, seu passatempo predileto. Era hábil cozinheiro.


Quando foi prefeito, Victor Fantini doou sua remuneração a instituições beneficentes de Sabará.

Conforme declarações da senhora Isabel Moreira Januária Lourenço (Dona Zazinha), então presidenta do Núcleo da Legião da Boa Vontade (LBV), existente em Sabará entre os anos de 1960 e 1978, e da senhora Ebe Gonçalves da Silva, então segunda tesoureira do Ambulatório Médico Dentário Rita de Barros, hoje Casa da Criança Professor Siqueira, foi constatado que Victor Fantini, enquanto prefeito municipal, doou sua remuneração a essas instituições. Além disso, ele ajudou financeiramente seu sobrinho Diógenes Gonçalves Fantini em seus estudos universitários. Em seus dois mandatos como vereador, Victor Fantini executou seu trabalho como "voluntário", não havendo, à época, remuneração significativa para tal cargo.

Sabemos que revelar a doação da remuneração de prefeito a instituições beneficentes do município de Sabará não iria agradar a Victor Fantini, pois pessoas desprendidas como ele carregam consigo uma modéstia invulgar e não gostam de ser lembradas, porque dão com a mão direita sem que a esquerda saiba. Todavia, cremos que é preciso que a família tome conhecimento desse nobre ato.

Victor Fantini faleceu, vítima de derrame cerebral, em Belo Horizonte (MG), a 12 de novembro de 1975. O município de Sabará mostrou luto oficial com sua partida.

Foi velado na prefeitura municipal e sepultado no cemitério municipal de Sabará, no jazigo da família Fantini (Quadra 2, Campa 388/057). Deixou bens a inventariar. Não deixou esposa, companheira ou filhos.

No Salão Nobre da Prefeitura, encontra-se o retrato de Victor Fantini, entronizado na Galeria dos Ex-Prefeitos de Sabará.

Fonte: Jornal "A Gazeta Sabarense", números 29, 36, 39, 41, 81, 87, 89, 99, 100, 109, 112, 114, 210, 211 e 375; Jornal "Jornal de Sabará", números 6 e 9; Jornal "Sabará Estudantil", número 2; Livro "Nas Ruas de Sabará", autoria de Maria de Lurdes Guerra Machado, página 151.


Mensagem enviada a Victor Fantini, por ocasião do término de sua gestão, como prefeito de Sabará.

Senhor Prefeito Vítor Fantini

A passagem de V. Exa. pelo comando administrativo de nossa Terra enobreceu a humildade do voto que lhe confiei.

Sua missão foi cumprida dentro dos princípios de honestidade e dinamismo, que caracterizam sua personalidade despida de vaidade. Legando obras de infra-estrutura a esta geração e às gerações futuras, V. Exa. possibilitou viver-se melhor onde já "é bom de se viver'' (palavras de V. Exa., referindo-se a Sabará, numa roda de amigos, na Praça Santa Rita, há alguns anos).

Acredito não haver maior glória para um executivo que se despede, senão o pesar de um povo pelo término de seu mandato - sente-se hoje esse pesar em toda Sabará. Aceite, pois, meus cumprimentos e a certeza do agradecimento de nossa Padroeira - a Imaculada Conceição - por todos nós, seus conterrâneos, pelo carinho dispensado por V. Exa. à Terra que a Ela pertence.

Belo Horizonte, 27 de janeiro de 1973.

Mário Guerra




   

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